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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Greve de funcionários da cultura fecha museus do RJ

Uma greve de servidores do Ministério da Cultura no Rio de Janeiro, iniciada na última segunda-feira, em busca de aumento salarial, atingiu os 14 museus federais no Estado e fez com que quase todos permanecessem fechados ao público ontem e hoje --incluindo o Museu Nacional de Belas Artes e o Museu da República, na capital, e o Museu Imperial de Petrópolis. Não há previsão de reabertura.

"A greve está em fase de consolidação. O Rio de Janeiro entrou em greve, os outros Estados estão discutindo, podem entrar a partir de amanhã", disse Josemilton Costa, secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef). Ele não soube dizer o grau de adesão à greve. "Só vou ter uma real radiografia na segunda-feira."

Os grevistas buscam, além de reajuste salarial de 78%, a regulamentação das gratificações de titulação (o adicional pago por títulos como mestrado e doutorado) e mais verba para a cultura.

O Rio de Janeiro é o Estado com o maior número de servidores da Cultura --do total de 3.758 funcionários da área ativos no país, 1.820 estão no RJ; o Distrito Federal tem 1.165 e São Paulo, 120.

Além dos museus do Rio, a Biblioteca Nacional, a representação regional do Minc, a Fundação Nacional de Artes (Funarte) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também pararam.

Procurado na manhã de hoje, o Ministério da Cultura disse que só se manifestaria em comunicado oficial, que não foi distribuído até a publicação desta reportagem.

TEMOR

Além do prejuízo aos visitantes, José do Nascimento Júnior, presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que administra 30 museus federais, diz que a greve pode prejudicar a imagem externa do país.

Ele cita como exemplo a dificuldade de enviar obras nacional que estão nos museus para participar do festival Europalia, um dos principais do continente europeu e que, neste ano, homenageia o Brasil.

Com os técnicos em greve, Nascimento Júnior diz temer que o prazo para o envio --a primeira quinzena de setembro-- não seja cumprido. O festival acontece na Bélgica, a partir de 4 de outubro.

"Temos uma série de jornalistas belgas visitando os museus brasileiros para ver as obras que vão para a Europalia e tivermos de negociar com os grevistas para que eles tivessem acesso", disse o presidente do Ibram.

As duas últimas greves dos funcionários públicos ligados à cultura --ambas por demandas salariais-- foram em 2005 (95 dias) e 2007 (mais de 60 dias)

fonte: BOL

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