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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Evento integrado a Oficina " os objetos entre a antropologia e o patrimônio cultural: perspectiva críticas para a ação museológica" do III Seminário da REMCE.

DIA 01 de DEZEMBRO
17h - Palestra
 
Maguta: o museu dos índios Ticuna  
Palestrante: João Pacheco de Oliveira (Museu Nacional)
 
18h – Mesa Redonda
 
História Indígena no Nordeste
Debatedores: João Pacheco de Oliveira (Museu Nacional)
Isabelle Brás (Universidade Federal do Ceará – UFC)
Sérgio Brissac (Analista de Antropologia / Perito – Ministério Público Federal)
Francisco Pinheiro (Secretário da Cultura do Estado do Ceará – SECULT)
 
19h - Lançamento do livro A Presença Indígena no Nordeste: processos de territorialização, modos de reconhecimento e regimes de memória.
João Pacheco de Oliveira (Organizador).

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

XVI UNIFOR PLÁSTICA PROMOVE PALESTRA


"Durante o mês de novembro, a Vice-Reitoria de Extensão promoverá palestras que integrarão temas artísticos a outras áreas. Os encontros serão norteados pela 16ª Edição da Unifor Plástica, que apresenta 131 obras de 80 artistas no Espaço Cultural Unifor.Nas edições anteriores, as palestras trataram sobre Direito e Medicina.

No dia 25 de novembro o tema "Arte e Educação" será ministrado pela coordenadora da Pós-Graduação em Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Lúcia Gouvêa Pimentel, que tem Bacharelado e Licenciatura em Artes Visuais (1982) e Mestrado em Educação (1993) pela Universidade Federal de Minas Gerais e Doutorado em Artes pela Universidade de São Paulo (1999). 

Os debatedores serão Carlos Velázquez, coordenador do curso de Belas Artes da Unifor e Pablo Manyé, atista plástico, curador da XVI Unifor Plástica. O evento acontece às 15h30 na sala B-47 (Bloco B) e a entrada é gratuita. As inscrições poderão ser feitas no local e o certificado é válido como atividade complementar."

SERVIÇO

Arte e Educação na XVI Unifor Plástica
Data: 25 de novembro de 2011
Horário: 15h30
Local: sala B-47


http://www.unifor.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3149:xvi-unifor-plastica-promove-palestra&catid=3:eventos

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

PROGRAMAÇÃO E EMENTAS DA OFICINA E MINICURSO







FICHA DE INSCRIÇÃO

A ficha de inscrição preenchida deve ser enviada para o email 3seminarioremce@gmail.com.

 As inscrições do minicurso serão confirmadas por email. 

PROGRAMAÇÃO

PROGRAMAÇÃO *


Dia 30/11- Quarta- feira

14h - Abertura - Coordenação da REMCE e demais convidados das instituições parceiras.

15h - Mesa -redonda: Experiências e reflexões dos Museus Comunitários no Ceará
Convidados: Aparecida da Rocha Ferreira (Memorial Indígena Tapeba), Nádia Helena Oliveira Almeida (Ecomuseu de Maranguape), Rusty Sá Barreto Museu Natural do Mangue.
Mediação: João Paulo Vieira (Museu do Ceará, Projeto Historiando e RCMC)
LOCAL: Museu do Ceará *

17h às 20h – Oficina “OS OBJETOS ENTRE A ANTROPOLOGIA E O PATRIMÔNIO CULTURAL: PERSPECTIVAS CRÍTICAS PARA A AÇÃO MUSEOLÓGICA”

LOCAL: Vila das Artes


Dia 01/12 – Quinta - feira

09h às 12h-
Minicurso ¬¬“OS MUSEUS E A INCLUSÃO DE PESSOAS COM ACESSIBILIDADE DIFICULTADA: QUAL O PAPEL DO EDUCADOR?”
LOCAL: Espaço Cultural Correios

14h às 16:30 - Apresentação das Comunicações e Relatos de Experiência.
1. O MUSEU E O SEU PAPEL DE INCLUSÃO SOCIAL NA COMUNIDADE: EXPERIÊNCIAS MUSEOLÓGICAS NO MEMORIAL DA CULTURA CEARENSE (MCC) - Adson Rodrigo Silva Pinheiro e Thiago Bruno Nobre
2. PROJETO ACESSO: ACESSIBILIDADE NO MEMORIAL DA CULTURA CEARENSE Adson Rodrigo Silva Pinheiro e Thiago Bruno Nobre
3. MEMÓRIA E CIDADE: A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DO INSTITUTO DO MUSEU JAGUARIBANO (1965 – 1985) - Alex da Silva Farias
4. GESTOS DO COTIDIANO – HISTÓRIAS DE MONTE REDONDO - Clarissa Ferreira, Moana Soto, Raquel Mattos e Mário Moutinho (Orientação)
5. O CENTRO DRAGÃO DO MAR DE ARTE E CULTURA: USOS DO ESPAÇO E OPINIÃO PÚBLICA. Raquel dos Anjos e Thiago Matos
6. EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA: MULHERES... HISTÓRIAS... MEMÓRIAS... - Maria Salete Vale Farias
7. O EDUCADOR DE MUSEU E O PÚBLICO COM ACESSIBILIDADE DIFICULTADA: O PROJETO ACESSO E AS AÇÕES EDUCATIVAS NOS MUSEUS DO CDMAC- Sara Vasconcelos Cruz
Mediação: Coordenação REMCE
LOCAL: Museu do Ceará

17h às 20h – Oficina “OS OBJETOS ENTRE A ANTROPOLOGIA E O PATRIMÔNIO CULTURAL: PERSPECTIVAS CRÍTICAS PARA A AÇÃO MUSEOLÓGICA”
LOCAL: Vila das Artes

Dia 02/12 – Sexta – feira

09h às 12h - Minicurso ¬¬“OS MUSEUS E A INCLUSÃO DE PESSOAS COM ACESSIBILIDADE DIFICULTADA: QUAL O PAPEL DO EDUCADOR?”
LOCAL: Espaço Cultural Correios

14h - Visita ao Museu Natural do Mangue em Sabiaguaba ** – saída dos Correios
Encerramento do Seminário.

* PROGRAMAÇÃO SUJEITA A ALTERAÇÕES.

Este ano, o III Seminário da REM-CE apresenta o tema "Museus e comunidades: construindo memórias coletivas" abrindo espaço para uma reflexão sobre os encontros entre museus e comunidades, privilegiando experiências educativas/formativas que promovam os processos identitários e de construção de memórias nas comunidades étnicas, tradicionais, de bairro, de classe, de gênero, profissionais, escolares, entre outras) em suas amplas possibilidades.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Reunião de Estudos 07/11/11 Cancelada

Bom dia a todos,

Informamos que a reunião de estudos que se realizaria hoje, não será possível. Abaixo, email do Prof. João Paulo informando os motivos que o impossibilitam de comparecer.
Atenciosamente,
Coordenação REMCE


"Olá amig@s,
Venho por meio deste comunicar que aconteceu um imprevisto e que por disso ficarei impossibilitado de comparecer ao estudo sobre o livro Museu e memória indígena no Ceará: uma proposta em construção marcado para se realizar na próxima segunda-feira (07/11). Embora tenha confirmado antecipadamente minha participação, acabo de saber que uma manifestação do movimento indígena, que iria acontecer no dia 09/11, foi antecipada para próxima segunda-feira às 14h. Trata-se do lançamento da Campanha Nacional pela Demarcação das Terras Indígenas no Ceará (cartaz em anexo), um momento importantíssimo para o movimento local, com a presença já confirmada de mais de 300 lideranças de todo Estado.
Mais uma vez peço desculpas por esse contratempo, mas não posso deixar de comparecer e me solidarizar com esta iniciativa que é uma resposta dos indígenas e seus apoiadores a uma série de desafrontas pelas quais o movimento vem passando nos últimos anos. Como exemplo do que iremos denunciar com está marcha podemos elencar a construção do Complexo Portuário do Pecém na terra dos Anecé, a infindável novela judicial sobre demarcação das terras dos Tapeba, Tremembé e demais comunidades indígenas, e mais recentemente o novo, embora velho, problema dos Jenipapo Kanindé com a Ypióca que entrou com uma ação judicial no STJ solicitando a anulação da demarcação da terra (1734 ha), feita em 24/02/2011. Além disso, 2 lideranças Jenipapo kanindé estão sendo processadas pela referida empresa numa clara demonstração de criminalização do movimento indígena.
Assim, convido todos que iriam participar desta atividade a somar-se conosco nesta manifestação que partirá da Praça José de Alencar em direção a Praça do Ferreira a partir das 14h. Acredito que será uma ótima oportunidade para refletirmos um pouco sobre as disputas em torno da construção de outras memórias, histórias, temporalidades e territorialidades do nosso Siará!
Um grande abraço a tod@s,
João Paulo Vieira"

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Últimos dias para inscrição no III Seminário REMCE

A Rede de Educadores em Museus do Ceará (REMCE) informa que as inscrições para o III Seminário, com o tema "Museus e Comunidades: construindo memórias coletivas", foram prorrogadas até o dia 06 de novembro.

Tendo em vista que a REMCE é uma rede sem recursos próprios, a Coordenação da Rede esclarece que a data do seminário que seria realizado nos dias 24,25 e 26 de novembro foi adiada devido a articulação de parcerias e viabilização de financiamento, ainda em andamento, para a realização do mesmo.

Com isso, a REMCE informa o adiamento da data da realização do III Seminário para os dias 01 e 02 de dezembro.

A Coordenação da REMCE espera a compreensão de todos e agradece as inscrições já realizadas para apresentação de trabalhos e oficinas, e aguarda a contribuição daqueles que queiram construir conosco este momento.

Segue em anexo o edital. As inscrições deverão ser encaminhadas ao e-mail: 3seminarioremce@gmail.com.

Att.

Coordenação da REMCE

--
Rede de Educadores em Museus do Ceará - REM CE

Reunião de estudo: debate do livro "Museus e memória indígena no Ceará: uma proposta de construção" de Alexandre Oliveira e João Paulo Vieira Neto

A Rede de Educadores em Museus do Ceará (REMCE) convida a todas e todos para mais uma reunião que visa a construção do III Seminário REMCE com o tema 'Museus e Comunidades: construindo memórias coletivas". A REMCE retoma suas reuniões de estudo com o debate do livro "Museus e memória indígena no Ceará: uma proposta de construção" de Alexandre Oliveira e João Paulo Vieira Neto, com a presença do autor João Paulo Vieira. Com isso, busca-se enfatizar as relações possíveis entre meio museológico e diversas categorias de comunidade.

Data: 07/11
Horário 13h
Local: Museu do Ceará


Sobre o Livro:

"Nesta publicação, feita pelo Museu do Ceará no final de 2009, compartilhamos um pouco do processo de musealização das memórias indígenas no Ceará. Além de apresentarmos e refletirmos sobre as experiências acumuladas em anos de trabalho como técnicos do Museu do Ceará e pesquisadores da questão indígena, cabe à publicação partilhar a metodologia para a estruturação dos museus indígenas e as análises sobre o seu processo de constituição.
Sistematizado a partir da realização da oficina Diagnóstico Rápido Participativo, realizado entre grupos indígenas do Ceará (Tremembé, Tapeba, Pitaguary, Kanindé, Potiguara, Tabajara, Kalabaça), o livro traz o processo de organização dos museus indígenas como então se encontrava naquele momento.
Em 2010, foi criado o Museu Indígena Jenipapo-Kanindé, e agora totalizam 4 os espaços de memória indígena no Ceará, juntando-se ao Memorial Tapeba Cacique Perna-de-Pau, a Oca da Memória de Poranga, o Museu dos Kanindé de Aratuba. Estes museus vêm funcionando, cada qual com suas especificidades, geridos no interior de suas comunidades e articulados com o trabalho das escolas diferenciadas.
Apresentamos um recorte do trabalho feito com patrimônio cultural no Ceará desde 2002, a partir do Projeto Historiando, especificamente a linha de atuação voltada para a estruturação de espaços de memória entre grupos étnicos, o livro agora está disponível para sua livre distribuição via internet, com objetivos de socializar as informações e metodologias, suscitar diálogos e interconexões e, principalmente, propiciar e fortalecer os processos de protagonismo na gestão do patrimônio e memória entre os grupos indígenas.
Transitando entre a História, Museologia e Antropologia, apresentamos 6 propostas de estruturação museológica que ocorreram no interior de um processo de discussão sobre a formulação de políticas públicas para memória-patrimônio, que ensejamos quando ainda trabalhávamos no Museu do Ceará. Traz, ainda, em anexo, propostas feitas no diálogo entre grupos indígenas, quilombolas, comunidades de terreiro e do movimento negro urbano e o Estado; o Estatuto de Museus (2009) e um modelo de ficha de inventário, adotado pelo Museu do Ceará. Maiores informações, segue a apresentação, da historiadora e profa. de Museologia da UFG Manuelina Duarte."

Alexandre Gomes,
Coordenador do Projeto Historiando
Mestrando em Antropologia (PPGA-UFPE)


PREFÁCIO
"Este trabalho que tenho a honra de apresentar é a primeira iniciativa de fôlego, no Ceará, sobre a questão da musealização das memórias indígenas. Além de apresentar e refletir sobre as experiências, cabe a ele partilhar a metodologia e as análises sobre o seu processo de elaboração. Segundo Varine (2009), “o desenvolvimento local ‘sustentável’, enquanto processo dinâmico de transformação da sociedade e do meio, assenta em grande parte na participação activa e criativa das comunidades locais. Sem essa participação, teremos apenas uma mera execução de programas tecnocráticos, cuja eficácia depende da combinação conjuntural e efêmera de uma vontade política e da disponibilidade de meios financeiros e humanos”. O diagnóstico museológico, passo fundamental para qualifi cação dos processos de musealização, deve ser realizado tanto para a verificação de potencialidades e desafios de um museu já existente como para a criação de um novo, sendo que neste caso avaliamos as potencialidades e desafios de um patrimônio ainda não musealizado. Cabe esclarecer que nossa compreensão de musealização e de museu abrange processos relacionados à administração da memória e à aplicação de procedimentos técnicos e metodológicos visando à apropriação desse patrimônio pela sociedade (BRUNO, 1996), seja isto realizado ou não fora do âmbito das instituições.

O Projeto Historiando, coordenado por Alexandre Oliveira Gomes e João Paulo Vieira Neto, vem realizando estas experiências de musealização com nome de “projetos de memória” desde 2002. Despretensiosamente, realizou importantes intervenções na relação entre comunidades cearenses e seu patrimônio, que devem ser analisadas como processos de musealização, ou seja, de projeção no tempo, em perspectiva processual e com visibilidade social, de fenômenos que têm origem no “fato museal”: a relação entre o homem e o objeto em um cenário (RUSSIO, 1981). Este trabalho foi feito a partir de um olhar de historiadores que, se por um lado buscavam atender aos “desejos de memória” (GONDAR, 2000) de diferentes comunidades, partilhando um conhecimento acumulado nos anos de atuação como técnicos do Museu do Ceará, possibilitando às iniciativas comunitárias adaptação às novas exigências do Estatuto de Museus, por outro lado assumia partir de um campo do conhecimento específico: a História.
Evidentemente que a memória, campo interdisciplinar por excelência, levou os autores a dialogar com outras áreas do conhecimento e o texto demonstra esta familiaridade com o aparato teórico-conceitual de áreas como a Antropologia e a Museologia. Mas fica evidente a conexão com o pensamento da História sobre os silenciamentos e os processos de construção da memória e das identidades étnicas. Volto a Varine para explicitar a amplitude da noção de museu aqui adotada: “Tudo o que existe, com duas ou três dimensões, sobre o território e no seio da comunidade, pode ser utilizado para a educação popular, para a observação, o conhecimento do meio, a análise, a aprendizagem, o consumo, o controle da técnica, a identidade, o conhecimento do passado. A sua principal qualidade é ser uma realidade tangível que multiplica a sua virtude pedagógica” (VARINE, 2009). No mesmo texto, o autor aponta inventários e exposições participativas como meios para recriar as identidades locais e identifi car pessoas-recurso, agentes do desenvolvimento. É buscando, nas palavras dos próprios autores deste livro, potencializar estas experiências de memória identificadas, que eles recorrem ao aporte da Museologia e o compartilham com os grupos indígenas por meio de ofi cinas de ação educativa museológica. Comprovam na prática o efeito da educação popular como qualifi cadora dos projetos ligados à memória e à preservação e construção das identidades. Também experienciam uma premissa de que a Museologia tem uma faceta a ser compartilhada com as comunidades, para que elas mesmas possam assumir a liderança dos processos de musealização. Neste sentido, outros trabalhos de musealização junto às comunidades indígenas têm sido desenvolvidos (vide VIDAL, 2008) e devem ser fortalecidos como estratégia. Para isto, são fundamentais publicações como esta, que ampliam o âmbito de divulgação das experiências e permitem iniciar um rico diálogo entre propostas afins."

Goiânia, setembro de 2009
Manuelina Maria Duarte Cândido
Profa. de Museologia da FCS/UFG